Coisas de outros tempos

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domingo, fevereiro 20, 2005

A Mocidade Portuguesa


A Mocidade Portuguesa foi criada em 11 de Abril de 1936 (dois anos depois era criada a secção feminina), à semelhança das juventudes fascistas de Mussolini e hitleriana de Hitler e destinando-se a todas as crianças e jovens, tentando neles inculcar os valores nacionalistas e patrióticos do Estado Novo, sendo de inscrição obrigatória.

Após o 25 de Abril de 1974, o decreto-lei nº 171/74, de 25 de Abril, extingue esta organização, bem como a Direcção-geral de Segurança e a Legião Portuguesa:

«Tendo a Junta de Salvação Nacional assumido os poderes legislativos que competem ao Governo, decreta, para valer como lei, o seguinte:
ARTIGO 1º
1. E extinta a Direcção-Geral de Segurança, criada pelo Decreto-Lei n.º 49 401, de 24 de Novembro de 1969.
2. No ultramar, depois de saneada, reorganizar-se-á em Polícia de Informação Militar, nas províncias em que as operações Militares o exigirem.
ARTIGO 2º
É extinta a Legião Portuguesa, criada pelo Decreto-Lei n.º 27 058, de 30 de Setembro de 1936.
ARTIGO 3º
São extintas a Mocidade Portuguesa e a Mocidade Portuguesa Feminina, criadas pela Lei n. 1941, de 11 de Abril de 1936, actualizada pelo Decreto-Lei n. 486/71, de 8 de Novembro.
[...]»

A Mocidade tinha um Regulamento, possuía hino, fardamento próprio, uma hierarquia de comando, e promovia diversas actividades nas escolas, entre as quais se contam a edição de revistas, nomeadamente de quadradinhos, Lusitas, Pisca-Pisca, Fagulha.

Hino da Mocidade Portuguesa masculina:
Lá vamos, cantando e rindo, / levados, levados, sim, / pela voz do som tremendo / das tubas, clamor sem fim. / Lá vamos, que o sonho é lindo, / torres e torres erguendo, / rasgões, clareiras abrindo, / alvas de luz imortal, / roxas névoas despedaçam, / doiram o céu de Portugal. / Querer, querer, e lá vamos, / tronco em flor estende os ramos / à mocidade que passa.

Hino da Mocidade Portuguesa feminina:
Mocidade lusitana, / herdeira de Portugal, / esta herança nos foi dada / para ser por nós guardada / e para a guardar vivemos, / de armas na mão os varões, / e nós sendo as sentinelas / das mais lusas tradições. / Olhai que no seu posto / de lusitanas vigias / a missão destas fileiras / não é nas liças guerreiras, / é nas lides salvadoras, / é a lembrar à nação / que tem as chagas de Cristo / nas quinas do seu brasão. / Arraial ó lusas gentes / arraial arraial arraial / arraial que alerta está / quem por bem salvará Portugal.


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